quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Barulho, problema de saúde pública negligenciado!



Desde 1941, o Decreto Lei 3688 em seu artigo 42 rege a perturbação do sossego público. Mesmo com precoce lei cidadã, o Brasil segue sua rota de contramão em relação aos países que se civilizam. Sem inimigos naturais: um bom alicerce cultural e uma aplicação eficaz da lei, o nível de ruído é alimentado pelo o acesso fácil ao crédito nas lojas de equipamentos de som, associado barateamento de aparelhos amplificadores.

À exceção de algumas poucas cidades, ruas movimentadas são passarelas para um corso de veículos “tunados”, além de motos com escapamento aberto ou com “escapamentos esportivos”. Somam-se, alto-falantes em portas de lojas, carros de som e mesmo trios elétricos, que circulam com autorizações concedidas pelas administrações e gerando bastante desconforto.  Estes veículos, algumas vezes, são contratados pelas próprias administrações para divulgar eventos oficiais

Isto traz como conseqüência o ambiente poluído acusticamente, nocivo à saúde e que deveria inspirar algum sindicato a pedir adicional de insalubridade para trabalhadores das ruas degradadas pelo barulho, adicional este, a ser pago, não pelos empregadores, mas pela autoridade, complacente ou conivente com a situação.

Como conseqüências da poluição sonora para a saúde, em rápida consulta ao farto material disponível, mesmo o leigo pode encontrar referências a distúrbios digestivos, problemas cardíacos, dor de cabeça, ansiedade, hipertensão, insônia, úlcera, fadiga, redução de produtividade, aumento dos números de acidentes, entre outras mazelas.

A lei trabalhista exige das empresas o exame audiométrico periódico para os funcionários que trabalham em ambientes com ruído excessivo, o que é um grande progresso.  Por isonomia, trabalhadores dessas vias deterioradas acusticamente e aqueles cidadãos lesados pelos excessos dos eventos oficiais também deveriam ter o direito a esses exames clínicos, a expensas dos patrocinadores da poluição sonora.

Estas situações, freqüentemente parte do “merchandising” dos donos do poder, municipal, estadual ou federal, por não observarem a legislação, tem se mostrado arautos de um firme propósito dos administradores em manter suas comunidades com um pé bem plantado no Terceiro Mundo.  É até possível encontrar organizadores justificando estar o evento calcado em um alvará municipal e que este, em suas opiniões, é claro, pode revogar um decreto lei federal.

Ressarcimento por danos morais gerados por perdas de horas de sono e descanso, prejuízos à saúde, deterioração da qualidade de vida, entre outros incômodos causados pelo som fora dos limites legais seria medida justa a ser imposta aos poluidores.
A tolerância com a degradação do conforto acústico estende seus danos à Natureza quando ocorre onde animais silvestres escolhem como refúgio ou como habitat, como acontece nos parques públicos.  A Lei No. 9.605/98 dos crimes ambientais que dispõe sobre as sanções penais e administrativas derivadas de condutas e atividades lesivas ao meio ambiente é atropelada, impunemente, nesses eventos do poder público.

Barulho é um grave e negligenciado problema de saúde pública, e
ambiental.


Nelson Assumpção Filho

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Esclarecimentos - Projeto de Lei que proibe rodeios

Pessoal, todos que hoje acompanhou a publicação que eu Greice Castro , postei, se não foi 


claro, quero dizer novamente. A opinião partilhada no Blog da Câmara Técnica Educação 

Ambiental não é uma postura da Appa Araras, e sim um pensamento MEU como cidadã e 


educadora!

Sem mais por hoje,


Greice

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Lei que proíbe a realização de rodeios, touradas, vaquejadas, farras do boi e eventos similares no município de Araras

Bom Dia pessoal,


Hoje vou discorrer sobre um assunto polêmico - Rodeios e Maus Tratos de animais.


Bom ontem, 12 de dezembro de 2011 foi votado na Câmara Municipal de Araras o Projeto de Lei que Proíbe a realização de rodeios, touradas, vaquejadas, farras do boi e eventos similares no município de Araras. Resultado: 5 a favor e 6 contra. Assim, Araras continua com festa do Peão e Rodeio
Agora, uma coisa que podemos afirmar, com base na manifestação de fonte confiável, o Rodeio em Araras não causa Maus Tratos aos animais. O que acredito, pois se tivesse, a tempos essa pessoa teria impedido.


Que fique claro aqui, que em momento algum defenderei Maus Tratos a Animais, mas, de verdade, eu estou cansada de acessar o Facebook e ver fotos de animais mutilados, noticias de animais mau tratado, e me pergunto, quem irá defender a sociedade com unhas e dentes como esses que têm defendido os direitos dos animais. 


Quem sairá as ruas exigindo o direito do cidadão brasileiro? Todos tem direito a uma profissão, uma casa, salário e boa qualidade de vida.


Já que vamos falar de maus tratos, então vamos lá. Ontem, no Plenário da Câmara Municipal o pessoal que estava defendendo a proibição de maus tratos era maioria mulher. Todas maquiadas, unhas feitas, cabelos cuidados, pele tratada. Elas sabem onde são testados esses produtos para que os mesmos não cause mal a elas?


 Se formos defender os direitos dos animais não teremos higiene pessoal, higiene doméstica (muitos produtos de limpeza doméstica são testados em animais, entre eles nos olhos coelhos albinos), não nos vestiremos e não nos alimentaremos.


Outro equivoco, por parte do Legislativo, que observei foi a menção da proibição do Rodeio referente à Preservação do Meio Ambiente.


Povo, proibir rodeio não é preservar meio ambiente. 
Para mim, é incentivar o desemprego (já que como argumentei, aqui em Araras não há relatos de Maus Tratos), então, cadê os direitos humanos?


Vocês podem dizer, e eu concordo, que quem mau trata animais não é humano. Mas esses indivíduos são minorias. Preservar o meio ambiente é assegurar equilíbrio e qualidade de vida e cito aqui um autor que afirma: "os problemas ambientais estão entrelaçados as questões sociais e não separado, como muitas vezes é discutido" (Oliveira, 2008).


Parabenizo o Professor Jorge pela iniciativa e opinião na defesa deste projeto de lei, mas Jorge, assim como eu você é professor. O que temos nas salas de aulas? E os maus tratos aos professores? E aqueles que estão à margem da sociedade, não porque "não prestam" mas são marginalizados por que não fazerem parte da elite? Quem lutará por eles?


Acredito eu que, estamos vivendo um momento de inversão de valores. A sociedade se preocupa com a integridade física e psicológica do animal e quanto aquelas crianças que sofrem maus tratos? Aquele pai de família que mal sobrevive com um salário mínimo, pois tem que pagar aluguel, água, energia, ahn e tem que alimentar a família!!


E aqueles, que estão acima de nós, em seus ternos, salários absurdos, agem em desacordo com as leis e continuam impunes? A lei não se aplica a eles? 
Quem levantará a bandeira contra esses crimes com a sociedade. Cidadãos, trabalhadores, contribuintes e não tem saúde, não tem educação, não tem moradia. Quem vestirá a camisa e levantará a bandeira para exigir que os diretos desses cidadãos sejam cumpridos?


Fica aqui a indignação como cidadã ararense. Araras tem outras prioridades. E educação é uma delas. 
Sinto muito, mas às pessoas que defendiam a proibição do rodeio: vivemos em um país democrático. Vocês não podem querer impôr suas idéias e valores. Antes de Educação precisamos de RESPEITO. Respeito ao próximo, respeito a democracia. Respeito aos cidadãos que necessitam do rodeio para sobreviver. Eles não são criminosos (suas atividades são amparadas por lei federal e estadual), não são bêbados ou "tranqueiras". São cidadãos, contribuintes e marginalizados porque não fazem parte da elite.


Aos vereados que votaram contra, não os Critico, pois estavam representando a sociedade! Estavam priorizando o direito dos cidadãos.


Aos que apoiaram, boa iniciativa, mas esta não é uma prioridade em Araras. Por favor, procurem o que é prioridade para uma Araras melhor, menos desigual. Quem sabe num futuro próximo, as cidades onde este projeto de lei foi baseada, nos use como exemplo de cidade modelo de qualidade de vida, educação, saúde.


Desta que hoje Assina apenas como cidadã


Greice de Castro 

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Resgate de Primatas Biólogos pelo Corpo de Bombeiros de Araras - SP

Bom Dia Pessoal,

Mais uma Semana se inicia e para mim e para o Danilo foi na maior aventura que se pode imaginar (Patricia e Vânia faltaram vocês lá ;))
Bom, pra quem já conhece nosso trabalho sabe que nossos projetos são voluntários. Contudo estamos com vistas em um projeto que necessitará de apoio, ou seja, dinheiro, e não será pouco, para realizarmos esse trabalho.
Bom, então eu e o Danilo, fomos ontem no Centro Ambiental Dr. Sérgio Roberto Ieda para uma noção preliminar do projeto a ser desenvolvido!
Acontece que nos aventuramos mata adentro, e resultado, ficamos perdidos. Vocês têm noção? Ararenses Perdidos em Araras?
Chegamos a Margem do Ribeirão das Araras e, tentamos de várias formas voltar, mas não conseguimos. A única coisa que conseguimos encontrar foi uma Jararaca (Gênero Bothrops). Então resolvemos: - Vamos Ligar para o BOMBEIRO! Afinal só tínhamos uma foice e dois facão. Assim,  fomos resgatados de bote pela competente Equipe do Sargento Ted, em pleno domingão 10h da manhã!!








Gentee, o caso é sério!!!
Precisamos de Apoio para comprarmos equipamentos básicos: bussola, GPS, gancho herpetológico e outros. Haha, fizemos Rafting de grátis na companhia de profissionais mais que competentes.

Bom, deixando a aventura de lado, quero destacar aqui a séria situação de nosso Ribeirão das Araras.
Povo Ararense, o caso é sério. Quando se diz lugar de lixo é no lixo não é papo furado.
A água dos rios é a única que temos para abastecimento público.
Vou postar algumas fotos aqui depois, mas lembre-se:

A sua sujeira que vai pro Rio Mogi Guaçu, nós a Captamos, Tratamos e Bebemos de NOVO.
 CONSCIÊNCIA MEU POVO. Cadê nossos VALORES e RESPEITO AO PRÓXIMO?

Desta indignada Educadora Ambiental,


Greice de Castro
coord. CTEA-APPA

sábado, 3 de dezembro de 2011

Seminário da Política Estadual de Educação Ambiental (02/12)

Boa Noite Pessoal,

Ontem dia 02 de dezembro participei do Seminário da Política Estadual de Educação Ambiental, na qual representei a CTEA-APPA contando com o apoio da M&M Assessoria Ambiental. O evento teve por objetivo discutir o Processo de Integração da Regulamentação da Politica Estadual de Educação Ambiental, visando a retirada os artigos vetados do projeto.
Contamos com a presença do Secretário Adjunto do Meio Ambiente, Rubens Rizek que representou o Secretário Estadual de Meio Ambiente, Bruno Covas, da Deputada Estadual Rita Passos, autora da Lei Nº 12.780 de 30 de novembro de 2007, tendo a referida lei, alguns artigos vetados.
Dep. Rita Passos declarou que o estado de São Paulo está atrasado na regulamentação da Política Estadual de Meio Ambiente (PEMA). Outros estados já têm sua PEMA, como por exemplo MG e BA.
Do discurso que foi feito pelo Secretário Adjunto Rubens Rizak, a única coisa que vale a pena citar e ressaltar é que: A educação Ambiente constrói valores, a conscientização é construção de valores e que os educadores ambiental tem que atuar como em campanha. Campanha, lembrando as guerras no passado, onde devia sustentar o fogo, pois esta campanha cria um movimento que envolve o sentimento coletivo.
Silvana Augusto, coordenadora de EA/SMA, ressaltou a importância da criação de grupos de trabalhos que levem a sociedade civil e o estado discutirem os temas de interesses sociais.
Secretário Adjunto do Meio Ambiente Rubens Rizak

Deputada Estadual Rita Passos

" O que estamos vivendo hoje foi falta de atitude no passado.
Tomando atitudes agora vamos garantir qualidade de vida para gerações futuras. Se não tomarmos atitudes sérias agora, podemos inviabilizar as gerações futuras.
E não estamos falando de educação de panfletagem. É preciso ação! É preciso atitude!"
Dep. Rita Passos. 
Silvana Augusto Coordenadora de E. Ambiental da Secretaria de Meio Ambiente

Marcos Sorrentino - Esalque/USP
Dr. Marcos Sorrentino discutindo o panorama da Políticas Públicas de Educação Ambiental no Brasil, disse que é preciso construir uma sociedade em que haja representação do Estado. Alguém que represente a sociedade civil.
Ahn, sabe o que mais? Ele falou dos desafios de representantes da sociedade civil (ONG) conseguir recurso junto ao Estado: FNMA, FEHIDRO, FUNBEA - é muita exigência, muita burocracia.

Sendo membro da CTEA do CBH-Mogi, afirmo sem hesitação que, nós da sociedade civil temos muitas etapas para transpor para conseguir financiamento do FEHIDRO. A contrapartida exigida para ONG é muito alta! Dez por cento (10%) do valor do projeto. Alôô, somos representantes da sociedade civil. Muitas vezes não temos contrapartida suficiente. Onde está o incentivo do governo para construirmos o que posteriormente poderá ser contrapartida?

O que me animou foi a participação da representando do Ministério do Meio Ambiente, Renata Maranhão. Segue abaixo slide da sua apresentação, onde ela fala da Pedagogia de Paulo Freire. Muito me animou, afinal, nosso trabalho na CTEA-APPA é baseado na pedagogia deste ilustre pedagogo.
Renata mencionou os Desafios da Sociedade Moderna:

  • Desigualdade
  • Incentivo do governo ao PAC - Programa de Aceleração de Crescimento = impacto ambiental
  • Sociedade consumista
  • Crise de Valores onde TER é mais importante que SER
  • Individualismo + problema + injustiça gera uma população desacreditada (= inércia)
Então diante disso e outros fatores, QUAL É O PAPEL DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL? 


Apresentação Renata Maranhão - MMA

Educação na perspectiva Freiriana que visa a TRANSFORMAÇÃO DA REALIDADE, para melhorá-la e torná-la mais humana!

E quem é o educador ambiental? 


Amigos, aqui eu digo, ser educador ambiental é ser formador de valores. Todo mundo tá cansado de saber que lugar de lixo é no lixo! Tudo é EDUCAÇÃO, é VALORES.
Tomo a liberdade aqui de citar o comentário das companheiras de seminário do Instituto Florestal: - a classe média, média baixa nós educamos. Mas quem educará as grandes corporações? Poluidoras e degradadoras?

Que fique claro aqui: NÃO estou dizendo que é insignificante educar as classes sociais já citadas. Mas eu, como cidadã e educadora sei que a minha contribuição ( e que faço com satisfação) não será de colocar classes sociais contra classes sociais, mas tornar aqueles a que tenho acesso, cidadãos críticos e autores da sua história.
Educá-lo para que seja capaz de melhorar seu ambiente, sua comunidade, seu bairro, sua cidade. Isto é, melhorar qualidade de vida! Ter valores é lutar por seus direitos e cumprir seu dever. Quando tiver um cidadão crítico, ético ele saberá lutar pelos seus direitos. Uma campanha de cidadãos críticos lutará pelo direito e deveres de todos.
Então cabe a mim, a nós educadores e educadores ambientais educar cidadãos para que sejam conscientes e críticos, não apenas citadores de definições. Que nós não sejamos educares de panfletagem. Sejamos autores da nossa história e que nossa contribuição seja para formar autores da história futura.

Bom pessoal, acho que viajei um pouco ;P.


Por ora é só, volto depois com um post sobre os Embatucadores! Fantástico! http://embatucadores.blogspot.com/

Bom acho que saí um pouco fora do assunto inicial mas foi um evento que valeu a pena! Aprendi muito, o que postei aqui foi muito pouco do discutido, mas aos poucos discutirei a idéia de cada participante.


Mais uma vez agradeço a M&M Ambiental pelo apoio.


Greice de Castro
coord. CTEA-APPA




Pós Graduação em Educação Ambiental UNIARARAS - 2012


Início - Março de 2012

Investimento: 19 x R$ 280,00 



Ex-alunos UNIARARAS - 15 % de desconto (R$ 238,00).


Não Percam esta oportunidade!!

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quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Audiência Pública sobre Zoneamento e Parcelamento do Solo

Bom dia Pessoal!


Ontem dia 29/11/2011 eu e o Danilo Rocha estivemos na Audiência Pública sobre Zoneamento e Parcelamento do Solo, realizada na Câmara Municipal de Araras.


Povo ararense, participe das atividades na Câmara Municipal. Veja quais vereadores representam o povo. Abro aspas e ressalto "a APPA é apartidária". Não defendemos nenhum partido político, mas defendemos os direitos e deveres do povo. Ano que vem é ano de eleição. Roubo aqui a fala de uma participante da audiência: "Parabenizo os vereadores presentes (03) e ressaltar que ano que vem é ano eleitoral, hora de correr atrás do tempo perdido".


A já citada audiência, teve por objetivo definir ZEIS (Zona de Expansão de Interesse Social), ou seja, escolher e determinar locais para crescimento urbano do município e implantar programas "Minha Casa, Minha Vida".
A APPA visa proteção do meio ambiente, mas quando falamos em meio ambiente não é só mananciais, APP, lixo. Defendemos a qualidade de vida! Defendemos o desenvolvimento social visando a sustentabilidade! 


Apoiamos sim as áreas ZEIS, desde que a administração pública realize os projetos visando, em primeiro lugar a qualidade de vida do morador. Quando priorizar a qualidade de vida teremos preservação de mananciais, preservação de APPs, conscientização ambiental na destinação correta do lixo.


O nosso cuidado e cautela quanto ao Ribeirão das Cabras é que, a bacia hidrográfica a que este pertence, é fundamental para a manutenção da qualidade da água do rio Mogi Guaçu em época de estiagem.


Abaixo vídeo da Audiência!
Assistam. Comentem. Opinem.






Greice de Castro
coord. CTEA-APPA